Na manhã desta segunda-feira (9), fui entrevistar o elenco de O Auto da Compadecida 2: Taís Araújo, Virgínia Cavendish, Fabiula Nascimento, Matheus Nachtergaele e Selton Mello. Enquanto aguardava para entrar na sala das entrevistas, saiu a notícia das indicações do filme Ainda Estou Aqui ao Globo de Ouro, um momento histórico que, por sorte do destino, vivi ao lado de grandes personagens do cinema nacional – incluindo o próprio protagonista do filme.
Estávamos lá para falar sobre o lançamento de outra história, mas não havia como deixar de celebrar o momento do cinema brasileiro com todos eles. Ouvir esses atores e atrizes falando sobre trabalho e reconhecimento, com os olhos marejados, foi um presente inesperado. Dava para sentir a emoção e a paixão em cada palavra.
Quando saí de lá, abri o Instagram e vi o post de Fernanda Torres comemorando a indicação na categoria de Melhor Atriz – a última vez que isso aconteceu foi há 25 anos, com a sua mãe, Fernanda Montenegro, pelo filme Central do Brasil. Ou seja, uma história que se repete e que faz o cinema nacional renascer após tempos tão turbulentos.
Que bom que Ainda Estou Aqui transcendeu fronteiras e levou nossa bandeira para o mundo. O filme, que se posiciona como um grito poderoso e urgente em defesa da justiça e dos direitos humanos, traz de volta a luz para dentro de casa e acende uma faísca de esperança em um futuro mais saudável para a arte.
E já aproveito para fazer minha aposta: não vai parar por aí! Acredito, de verdade, que ainda seremos surpreendidos com mais boas notícias nos próximos meses. Que seja só o começo da retomada!