O psicólogo Mauro Rinaldi chama atenção para um comportamento recorrente em sua prática clínica: pessoas que vivem tentando agradar a todos. Segundo ele, esse padrão se manifesta por meio de respostas afirmativas constantes, mesmo quando isso compromete o bem-estar emocional e físico do indivíduo.
“Muitos acreditam que, ao dizer ‘sim’ o tempo todo, serão aceitos, amados ou vistos como importantes. No entanto, esse comportamento tem um custo alto”, afirma Rinaldi. Ele destaca que o esforço excessivo para agradar pode levar ao esgotamento, insônia, ansiedade crônica, estresse e até quadros de depressão.
A psicóloga social Susan Newman, citada no artigo, explica que esse padrão está ligado à busca por aprovação externa e à insegurança interna. Pessoas que têm medo de parecer egoístas ou preguiçosas acabam cedendo por receio de rejeição.
Apesar dos riscos, Rinaldi reforça que é possível mudar esse comportamento. “Aprender a dizer ‘não’ não é egoísmo — é autocuidado”, afirma. Para ajudar nesse processo, ele compartilha 21 estratégias práticas e psicológicas que auxiliam na construção de limites saudáveis e na preservação da saúde emocional.
Entre as dicas estão: reconhecer que dizer “não” é um direito, entender suas prioridades, evitar justificativas excessivas, estabelecer limites de tempo, identificar manipulações disfarçadas de elogios, fortalecer o diálogo interno e celebrar cada avanço pessoal. Rinaldi também recomenda criar um “arquivo de confiança” com mensagens positivas e conquistas, como forma de lembrar o próprio valor.
Na conclusão, o psicólogo reforça que parar de agradar não significa ser indiferente, mas sim respeitar a si mesmo. “Você não precisa ser tudo para todos — só precisa ser fiel a si mesmo”, finaliza.
A proposta do artigo é incentivar uma mudança gradual, segura e consciente, promovendo uma vida mais leve, autêntica e emocionalmente equilibrada.